segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Tender ao Molho de Damasco (agridoce delícia!)

Oi gente! Como passaram de Natal? E a ceia? Teve bom? Usaram alguma das dicas de antes, tipo o bombom aberto ou os cookies? O que eu sei é que, nessa época, a tendência é pro "meio muito", pelo menos pra mim... Meio muito comer, meio muito beber, meio muito gastar, meio muito dormir... Completamente fora do prumo! Mas faz parte, depois a gente corre atrás! 
Passei o Natal com minha família do Paraná, porque tenho a família (da mãe) que mora no Espírito Santo também; a família daqui sempre manteve a tradição de fazer ceia na noite de Natal, e a de lá, muitas vezes, opta por fazer um belo almoço no dia de Natal, com o maravilhoso carneiro da vó Maria, que primeiro é ensopado e depois vai ao forno... hum... Lembro-me de que, ainda pequena, tinha a curiosidade e a vontade de ajudar nos preparativos, mas nem sempre criança super ajuda, mais atrapalha... Daí era tia dando espanta sobrinho pra todo lado, e eu dava um rolê, disfarçava e acabava voltando ao redor da pia, do fogão e da mesa! Sobrava pra mim, no máximo, colocar a mesa ou encher bexigas para decoração... Mas eu sou brasileira, não desisti nunca e cá estou, como protagonista deste momento tão especialmente familiar, fazendo questão de contribuir com alguma coisa do meu jeito!
Dessa vez eu fiz o bombom de morango e o tender, e ambos ficaram bem bom (graças!!) 
A receita de hoje ainda dá tempo de ser preparada para a ceia de Reveillon, para quem vai passar em casa com amigos ou família. Fácil, rápido e bacana, contribua com um Tender Especial ao Molho de Damasco que é sucesso! 

 Você vai precisar de: 
  • 01 tender (aquele "presunto bolinha")
  • 01 pacote de 200g de damasco seco
  • 01 xícara de água
  • 02 xícaras de vinho branco seco
  • 01 xícara de açúcar
  • 1/2 pimenta dedo de moça
  • 01 colher (chá) de margarina
  • sal
  • um punhadinho de alecrim (opcional)
Com uma faca, faça pequenos losangos ou quadradinhos na superfície do tender, levemente, (não é para fatiar ou retalhar, por favor!). Depois o tender deve ser embrulhado em papel alumínio e ir ao forno quente por 40 minutos aproximadamente. Enquanto isso, deixe o damasco de molho na xícara de água para dar uma hidratada por 15 minutos. Leve ao fogo o damasco, a água e o açúcar para aferventar por 15 minutos, mexendo de vez em quando, até que o fruto esteja bem amolecido. Bata no liquidificador todos os ingredientes do molho e volte ao fogo para encorpar um pouco. Retire o tender do forno, desembrulhe do alumínio e pincele um pouco do molho, deixando no forno por mais uns 15 minutos para dourar. Sirva decorado como você preferir; como estava bem picantezinho, preferi não cobrí-lo todo com o molho porque sempre tem quem não goste muito de pimenta, então fiz uma caminha de molho e deixei uma molheira à parte para quem quisesse um toque extra de sabor. Já disse que FICOU BEM BOM hoje? Boa última semana ;)




segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Cookies!!

Oi gente! Vou contar uma coisa para vocês: quando a gente passa bastante tempo com uma pessoa (que a gente ama e adora passar todo tempo do mundo) a gente passa a se conhecer tão intimamente que existem certas "piadas internas" ou "lendas domésticas" que só o casal entende... Lá em casa, por exemplo, uma lenda doméstica é a lista de compras do mercado. TODAS as vezes que eu pergunto: "amor, vou ao mercado, você quer que eu traga alguma coisa?" A resposta? Eu já sei de cor: "traz pilha, lâmpada, baconzitos e chocookie!" Meu deus! Onde se escondem todos esses aparelhos eletrônicos que precisam tanto de pilha? Por acaso existe um "universo paralelo" para pilhas? Ou tá viciado, tipo Rafael Pilha? Ou por que tanto medo de ficar sem luz? E baconzitos e chocookie, não é coisa de moleque? E a gente ri! Quero deixar claro aqui que NÃO estou fazendo uma crítica, NÃO estou cansada de ouvir isso, é apenas relato de um "folclore" que rola lá na intimidade do nosso lar, a lista de compras!
Por isso mesmo, pela encomenda frequente, quando vi a receita de cookie não resisti: o post de hoje é desse quitutezinho que originalmente faz parte da cultura americana e que agrada a muitos around the world! É fato que, quando estava nos Estados Unidos durante meu intercâmbio, sempre que almoçávamos nos Rotary Clubs ou em restaurantes,  tínhamos a seguir cookies ou cheese cakes nos convidando para uma última mordida... A bebida do almoço, normalmente, era água com muito muito gelo ou chá com muito muito gelo, sem açúcar. Outra curiosidade:  no café da manhã, leite gelado puro - eu era praticamente um E.T. pedindo "Nescau" e colocando o leite no microondas! Mas vamos voltar aos cookies...
Dizem que esta é a receita original americana, mas devo ser franca em informar que quem me passou a receita não foi uma de minhas amigas de lá, mas sim uma nipo-brasileira daqui! E, sendo ainda mais franca, não tive tempo de testar  porque peguei na sexta-feira passada e pretendo fazer na sexta que vem, passando um laço de fita em volta de cada um para compor parte da ceia de Natal! A foto que eu coloquei é deste site, mas a receita não, apesar de bem semelhantes! 

Cookies

1 barra de 100g de manteiga sem sal
2 ovos
1 xicara de açúcar mascavo
1 xicara de açúcar cristal
3 xícaras de farinha de trigo
1 colher (chá) de baunilha
1 colher (chá) de sal
1 colher (chá) de bicarbonato de sódio
2 barras de chocolate meio amargo picadas

Bata a manteiga com os ovos e a baunilha, acrescente o açúcar (os dois) e a farinha. Por último, colocar o sal e o bicarbonato e os "bloquinhos" de chocolate; coloque em forma untada em colheradas e asse em forno pré aquecido.
E daí? Vamos testar? Pela cara, FICOU BEM BOM, mas prometo retomar comentários depois! Boa semana a todos!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Macarrão Parisiense

Hi people! How are you? Good? Tenho trabalhado bastante esses dias, já que ainda são muitas as pessoas que deixam tudo para o último mês, para as últimas semanas do ano, querendo soluções instantâneas para problemas antiquíssimos... Isso inclui reforma e pintura de casa e tratamentos de saúde! Sim, todos querem tratamento pronto até o Natal! Seja no dermatologista ou no dentista, o resultado é para agora! E dá-lhe ralar, mas ok, eu sei que dou conta como sempre! Em tempo: definitivamente, não sou desse time dos imediatistas... 
E aí, quanto mais a gente trabalha fora, mais praticidade a gente quer em casa, certo? Nessas horas, uma massinha ou pasta, como dizem meus parentes italianos é a melhor pedida! 

A receitinha do dia eu e meu amado Jayme Ayres experimentamos a primeira vez no Vilão, um bar tradicionalíssimo aqui  de Londrina, fundado em 1978 e que a gente adora! Escrevendo este post, fiquei curiosa em saber a origem deste prato, se tem alguma relação real com Paris ou é simplesmente, um nome de batismo, por assim dizer, no melhor estilo "arroz à grega" ou "frango à espanhola" etc. Não consegui encontrar uma explicação para o nome do prato, enfim, mas nem por isso ele é menos gostosinho! Quer ver que tranquilo de fazer? Não demora meia hora e essa porção é para 2!

Macarrão Parisiense:
  • meio pacote de macarrão (para esta receita, prefiro macarrão tipo "picado", esses de formato pequeno; usei o Farfalle, também conhecido como gravatinha, mas poderia ser Penne ou Fusilli - Neste site você pode conhecer um pouco mais sobre a história do macarrão, os diferentes formatos e seus nomes).
  • meia cebola picada
  • 2 dentes de alho picados ou amassados
  • 1 colher (sopa) de margarina
  • 1 colher (sopa) de maisena
  • 500 ml de leite
  • 1 xícara de ervilhas frescas (adoro as congeladas, odeio em lata)
  • 300 g de presunto picado (mais ou menos 2 xícaras)
  • meia caixinha de creme de leite ou requeijão
  • sal e pimenta a gosto (usei a pimenta calabresa)
  • cheiro verde e manjericão
  • toque pessoal: aspargos frescos grelhados, porque sou fresca que só...
O macarrão vai ser cozido em água fervente com uma colherzinha de sal e um fio de óleo, como sempre, conforme toda embalagem orienta. Coloque a margarina em uma panela e nela refogue alho e cebola. Dissolva a maisena no leite, adicione ao refogadinho na manteiga e é hora de temperar com sal (mas eu sou sincera em dizer que normalmente não meço, talvez meia colher de chá seja suficiente). Mexa sempre para que o molho branco engrosse sem empelotar e, quando tomar uma certa consistência, pode colocar o presunto em cubinhos e a ervilha, esperando apenas o tempo necessário para que aqueçam. Por fim, acrescente o creme de leite, a pimenta e o cheiro verde e sirva imediatamente, porque caso contrário a tendência é que a massa forme um monobloco! Enjoy it! FICOU BEM BOM!!!


quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Escondidinho na Cebola

          
Olá pessoas! E aí? Aceleradíssimos para as festas de fim de ano? Loucos para virar o ano e (desculpem o pessimismo típico da Funérea da MTV!) não mudarem nada? Pois é, na verdade eu penso mais como sequência do que como recomeço, mas ainda assim espero “dias melhores pra sempre...”, como já disse a canção.  Hoje trago para vocês uma receita meio polêmica, digamos, porque certamente o ingrediente que traz o quê da coisa – o cebolão – não é unanimidade: conheço um monte de gente que torce o nariz para a cebola e chega a separar cada pedacinho que houver num arroz, por exemplo. Mas para aqueles que abraçam a causa e topam uma experiência nova, este prato é o crème de la crème da gostosurra! É trabalhoso para preparar, indico para aqueles dias de inspiração mesmo! Curiosos para saberem o que, afinal, se esconde na cebola? Tem um prato que conheci há alguns anos, e especialmente quem é freguês da Água Doce Cachaçaria deve conhecer também, que se chama Escondidinho. Em resumo, é um purê de mandioca com carne seca. Junte a essa base  uma colherada de catupiry e monte um original Escondidinho na Cebola! Querem ver como? Lá vai:
  • 6 cebolas grandes, mas grandes mesmo!
  • Com uma faca de ponta afiada e o auxílio de uma colher, cave as cebolas retirando o "miolo", formando "cumbuquinhas", potinhos de cebola. Você já reparou que a cebola é composta por camadas? Então, deixe apenas 2 ou 3 camadas da cebola compondo essa cumbuquinha. Coloque os potinhos de cebola num saco plástico e leve para o microondas para cozinhar por 6 a 8 minutos (ou coloque-os numa panela para cozinhar no vapor por 15 minutos). O objetivo é deixá-las bem macias e pré-cozidas para que não fiquem ardidas no final. Reserve.

  • Purê de mandioca:
          500g de mandioca bem cozida                                      
          meio vidro de leite de coco
          1 colher de sopa de margarina
          pitadinha de sal (acho que 1 colherinha de café)
        água do cozimento da mandioca (se precisar para deixar o purê mais cremoso)
  • A mandioca deve ser cozida na panela de pressão por aproximadamente 20 ou até 30 minutos, depois que começar o barulhinho do chiado. Escorra a água e passe a mandioca (pode ser ainda quente) em um espremedor ou amasse com um garfo em uma bacia. Acrescente os demais ingredientes do purê e forme uma massinha bem cremosa – eu não me preocupo se pequenos pedacinhos de mandioca estiverem presentes no meu creme, mas se fizer questão, amasse muito bem até ficar mais homogêneo. Reserve também. 

    Recheio de carne seca:                                                  

         500 g de carne seca dessalgada
        Cebola picadinha (pode aproveitar aquele miolinho que você cavou)
        02 dentes de alho
         Pimenta fresca picada ou um molhinho
         Cheiro verde
        6 azeitonas picadas ou meia xícara de pimentão picadinho (ambos opcionais)

              Para dessalgar a carne seca, é necessário deixar de molho e ir trocando a água, de preferência de véspera (igual no risoto de bacalhau). Depois, cozinhe na panela de pressão com água por mais ou menos 30 minutos, pode cozinhar direto sem se preocupar em limpar ou cortar a carne antes, porque depois de cozida se torna muito mais fácil - a carne vai ser desfiada com a mão mesmo ou com o auxílio de um garfo. Feito todo esse processo (com a carne já escorrida e desfiada), doure o alho, refogue a cebola picada e coloque a carne os temperinhos (não é necessário sal!). Lembre-se de reservar um pouquinho desse recheio para decorar sua cebola. Agora é a hora da montagem do prato.

         Pegue as cebolas pré-cozidas e arrume em uma forma. Coloque uma camada de creme de mandioca, uma de carne, mais creminho, uma porção generosa de requeijão culinário (ou catupiry), fiapinhos de carne seca, um pouquinho de queijo parmesão ralado e leve ao forno aquecido para gratinar; demora cerca de 20 minutos, mas depende do seu forno. E quando essa delicinha sai do forno...  É ou não é o crème de la crème?


              Fala sério, a "cara" diz tudo... Como eu já havia dito, dá um pouco mais de trabalho, é necessário um certo planejamento por causa da carne para dessalgar, precisa de 2 panelas de pressão ou tempo disponível para cozinhar carne e mandioca separadamente... Mas no final, FICOU BEM BOM!! E se alguém se atrever a fazer, queria muuuuito ver a foto, manda aê! Abraço, até!!
    ps: desculpem, mas às vezes não consigo configurar o texto como eu gostaria aqui no blog e sai meio "manco"... mas tá aí!








terça-feira, 29 de novembro de 2011

Bombom aberto (ou de forma)

 E aí? Como foram de semana? Eu passei bem, mas tão bem e inspirada, que até fiz um docinho! Falo isso porque, se tem uma coisa que eu tenho certeza, é que sou muito mais "salgadeira" hoje em dia... Mas houve um tempo, lá quando eu era criança na pequena e pacata cidade de Iporã - long long time ago - que minha mãe era bancária e eu estudava um período e ficava o outro em casa, à mercê das coisas - boas - que crianças faziam nos anos 80: jogando betes na rua, assistindo tv ou jogando Atari, brincando de boneca, dançando Xuxa e... fazendo doces! Sério! Não raramente minha mãe chegava do trabalho e eu tinha feito aquele bolão, todo confeitado, com recheio e cobertura, ou então tinha feito carolinas, ou sonho, ou espera marido... Sempre fui um serzinho, digamos, "futuquento" na cozinha! Atualmente, como somos apenas dois  aqui em casa e, além disso, moramos em uma cidade com uma boa estrutura gastronômica, com excelentes lugares para se comprar um quitutezinho, acabo preferindo comprar apenas a porção que pretendo consumir a fazer uma sobremesa inteira e me acabar de comer ou enjoar de ver o doce amanhecido na geladeira. Mas de vez em quando, rola! 

A receita de hoje não requer grandes habilidade e, nem tampouco, muito tempo disponível para se dedicar: basta um pouco de vontade e 15 minutos de empenho! Sugiro especialmente para VOCÊ, que quer impressionar seus amigos ou familiares, se comprometendo a contribuir com a sobremesa em um jantarzinho e não levando um pote de sorvete dessa vez, ou ainda prometer a sobremesa da ceia de Natal e não aparecer com um panetone (de novo!). Ora, se a anfitriã quisesse um panetone ela mesma compraria, você não acha? Meu marido Jayme batizou de good good! Vamos lá, é simples:

Creme Branco:

  • 1 lata de leite condensado
  • 2 colheres de sopa (não muito cheias) de margarina
Levar os dois ingredientes ao fogo, mexendo sempre, até engrossar, como um brigadeiro quando vai desgrudando da panela, sabe? 

Recheio:
  • 1 caixinha der morangos lavados e cortados ao meio OU
  • uvas OU cerejas OU
  • nozes trituradas misturadas ao creme branco
Cobertura: 
  • 1 barra de chocolate meio amargo (170g)
  • meia lata de creme de leite sem soro
Leve o chocolate picado em uma panela para derreter em banho maria - é quando se leva uma panela com água por baixo da panela com o "nutriente" propriamente dito, não tomando contato direto com a chama do fogão... Entendeu? Senão, siga o link banho maria ! Depois de derretido, apague o fogo e coloque o creme de leite - se for de caixinha, não dá para separar o soro; se for de lata, não agite e faça um furo na bundinha da lata (observe como ela estava em repouso no armário e faça o furo na parte que estava para baixo, daí você vai observar uma parte aguada escorrendo, é o soro).

Montagem:  Em um pirex ou forma, coloque o creme branco todo, espalhando bem, forre com a fruta escolhida e cubra com o chocolate. Decore a gosto. Se a intenção for deixar a sobremesa linda além de gostosa, a ideia é comprar copinhos de aperitivo (copo de pinga!)  e montar porções individuais, enfeite com folhinhas de hortelã, com fruta picada, ou chocolate ralado, ou mini confetes... Como imaginar!
Cada vez que meu marido dava uma colherada, ele falava: "isso aqui tá bom pra caralho, alecrim!" Ele tirou essa frase do filme ESTÔMAGO ! Assiste o trailer, fica a dica de um bom filme e de um doce que FICOU BEM BOM!


terça-feira, 22 de novembro de 2011

Pratos que comi viajando (ou viajei comendo!)

Hello! How are you? Good? So... o post de hoje é meio diferente dos anteriores... resolvi fazer uma coletânea das fotos sob o sugestivo tema "Pratos que comi viajando (ou viajei comendo!)" porque adoro viajar - boba eu, né? e única! - e penso que faz parte da viagem conhecer de perto a cultura local, envolver-se com suas cores, seus sabores e aromas, participar e submergir mesmo no destino para que seja uma experiência, uma vivência integral de bons momentos.

Nada a ver, quase revoltante, ir para um lugar incrível, inédito, que você nem sabe se vai voltar lá um dia, e comer uma deliciosa esfirra H ou um inesquecível "Big não sei o quê", iguais a todos os outros de qualquer shopping daí da sua cidade... Ah vá, fala sério?! 

Gosto de apreciar, explorar, fotografar e degustar cada temperinho diferente, sabe aquela coisa de você se perguntar "uau! mas o que será que usaram aqui nesse prato?!" Isso é o feeling da coisa! É isso que ajuda a perpetuar lembranças e permite reviver histórias, na minha singela opinião...

 Então, fiz uma seleção de pratos especiais e inesquecíveis que tive o prazer de escolher em diferentes lugares e que, de certa forma, viajei comendo, no sentido de conseguir sensações quase sinestésicas durante uma simples refeição... Estão prontos para a viagem gastronômica? Hey ho, let's go!

Memórias de Ouro Preto
Em 2008 tive o prazer de viajar com meus amigos do curso de Artes Visuais da UEL pelas cidades históricas de Minas Gerais, para conhecer as incríveis construções barrocas e visitar inúmeras e encantadoras igrejas pelo interior mineiro. Todas as cidadezinhas por onde passamos têm seu charme, mas Ouro Preto tem uma aura especial... É como se você voltasse no tempo ao subir e descer as ladeiras de pedra, rodeadas por montanhas e quase que vigiadas pelas torres das igrejas que insistem em te observar de qualquer ponto da cidade... Lá visitei a Mina de Chico Rei , onde comi esse Feijão Tropeiro aí do lado... Sabor de Minas registrado! ;o)

Sabores de Floripa
Na virada de 2008/2009, sol de verão ardendo Brasil afora, fui com meu querido Jayme conhecer Camboriú e Florianópolis, SC. Por esses dias, experimentamos muitos petiscos à base de peixe ou camarão (adoro!), mas selecionaria essa gostosura aí ao lado para representar os sabores daquela viagem. Comemos essa Casquinha de Siri num barzinho chamado Toca do Urso , no mercadão municipal, no centro da ilha. Lugar bacana, cerveja gelada, pimentinha especial... Ficou na história sim!

Moqueca? Só capixaba...
Minha mãe é capixaba e, portanto, parte da família mora  no Espírito Santo. Por conta disso, ano sim, ano não, vamos para o litoral capixaba passar as férias e visitar a vó! Já cansei de ouvir os nativos de lá falando:  "moqueca é capixaba, o resto é peixada!" Bom, fato é que, de todos os peixes ao molho, digamos, que eu já pude provar, essa moqueca de badejo com camarão, acompanhado de pirãozinho e moquequinha de banana da terra é, simplesmente, incomparável! Por isso mesmo, ficamos fregueses fiéis do Cantinho do Curuca , em Meaípe. Hum...

"Gostinho do Rio, sabor que provoca arrepio..."
Começo parodiando a música Menino do Rio, do Caetano, mas essa é só pra quem tem mais de 30... Nas férias 2010/2011, eu e marido fomos para Búzios e Rio de Janeiro. A viagem foi ótima, ambos os destinos são muito bem conceituados não é à toa. Mas precisei escolher apenas um de tantos pratos para simbolizar essa viagem, gastronomicamente falando! Escolhi esse filezinho de peixe com crostinha de gergelim e molho incrível (agridoce de gengibre) que saboreamos no Boteco da Garrafa , juntinho dos Arcos da Lapa. 

E então? Eu não tinha razão? Onde mais eu comeria essas iguarias especiais? Amo Londrina, mas cada "coisinha" dessas aí guardam consigo um tiquinho de história dos lugares por onde andei... E ó, Foi Bem Bom... Outro dia posto mais uma coletânea de fotos da cozinha internacional!! Que tal?! Espero que tenham gostado,bjok, até...

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Crepe Preguiça

Olá, pessoas? Tudo bem? Recuperados do feriado e, como eu e o Dimitri, ansiosos pela sexta-feira? A receita de hoje eu vi na tv. Sabe, adoro seriados de touquinha, como diz minha amiga Deise Minholi (tipo House, A Gifted Man e outros que se passam em ambientes assépticos!) e amo programas de culinária. Sou fã do Jamie Oliver, do Claude Troisgos, do Olivier, da Nigella e sempre fico babando e querendo fazer aqueles pratos incríveis - ou gorgeous! Gosto também das receitinhas mais basiquinhas, oferecidas diariamente nos programas matinais de todos os canais de tv abertos, mas como trabalho, normalmente não consigo assistí-los. No feriado acordei,  fiquei vendo tv e me senti compadecida com a situação atual das pobres crianças pobres, sem tv por assinatura... Cadê os desenhos que eu assistia a manhã inteira? Na Band, na Record, na Globo e na Rede Tv!, adultos se alternam entre sofás/cozinhas todo o tempo! E foi em um desses, especificamente no Mais Você da Ana Maria, que assisti a receitinha mais prática de crepe que qualquer um de vocês supunha imaginar! Papel e caneta na mão, cuidado para não se perderem nos ingredientes da massa!

  • 2 ovos
  • 4 colheres de creme de leite
  • sal e pimenta
Coloque em uma tigelinha e bata com um garfo mesmo! Utilize uma frigideira pequena com um bom teflon, quente e com um fio de azeite ou um tiquinho de margarina, para fritar os crepezinhos (use meia concha de massa para cada crepe). Nem precisa virar a massa, retire delicadamente e coloque em um prato para esperarem pelo recheio. Preciso ser sincera: quando comecei a fritar, perdi umas duas porções porque as massinhas colaram na frigideira e arrebentaram, mas troquei de panela, abaixei um pouco o fogo e daí deu tudo certo. O recheio, na verdade, é extremamente flexível, depende do tamanho da sua disposição e/ou vontade. Vou dar algumas sugestões, sendo que a primeira delas é a que eu fiz no dia, mas imagino algumas possibilidades - para servir quente ou frio, você que sabe! Do meu jeito, FICOU BEM BOM!
  1. meio potinho de cream cheese (ou requeijão), 5 fatias de tomate seco picadas, 3 folhinhas de majericão fresco,   pimentinha calabresa - amasse tudo com um garfo em um pires - fatias de peito de peru. Abra cada massinha, coloque o peito de peru e uma colher de sopa do recheio. Dobre em 4, voilá!
  2. Presunto ou Copa ou Parma, queijo provolone, cubinhos de tomate fresco, azeitona fatiada e orégano;
  3. Espinafre refogado no bacon e alho com queijo branco;
  4. Estrogonofinho de camarão;
  5. Patê de atum com azeitona que tem pronto no mercado;
  6. Frango desfiado, milho, catupity, sei lá!
E em último caso, está sem ideia mesmo, pega o cardápio do delivery da pizzaria - RESISTA! NÃO DISQUE! - e dá uma adaptada em alguma das opções, tenho certeza que funciona! Lembre-se: o mais importante na cozinha é ousar, aos poucos ir se arriscando em novos temperos e sabores, que é o que faz a diferença. Diversos tipos de pimenta, ervas variadas - tipo orégano, manjericão, alecrim, tomilho, salsinha, cebolinha, sempre que possível frescos - mas não use todos ao mesmo tempo! - assim se valorizam os pratos e "agregamos valor" , "dando um diferencial" às receitas. Hahahahaha! Odeio termos clichês tanto quanto odeio quem fala menas! É isso aí! Aproveitem! E quem fizer algum dos pratos do blog, tira foto e manda pra mim, ok? Até!!!!!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Risoto de Bacalhau com Presunto de Peru

Oi pessoas! Vou lhes dizer uma coisa: sabe o que eu faço quando não tenho ideia do que fazer na cozinha? Risotto !  "risotto é um prato típico italiano em que se fritam levemente as cebolas e o arborio, ou o arroz em manteiga, e se vai gradualmente deitando caldo de carne e outros ingredientes, até o arroz estar cozido e não poder absorver mais líquido"... Hum! Delícia! Originário do norte da Itália no século XI, devemos esta maravilha de prato aos meus "antenati italiani"... Costumo servir como prato único, mas isso depende dos nutrientes adicionados (ou não!), por exemplo: se for um risoto de queijo, ou o tradicional risotto alla milanese, pode ser servido com um filé ou salada de folhas, mas se for uma receita mais elaborada e rica, como risoto de camarão, ou bacalhau  - que é a receitinha de hoje - não preciso de mais nada à mesa para ser feliz - só uma bela garrafa de vinho! Simples de fazer e chique ao mesmo tempo, o risoto é um prato super versátil que não leva mais de 30 minutos para ser preparado. Considero um prato versátil porque, mantida a base do risoto (alho, cebola, arroz, vinho, manteiga), depois você pode variar quase tanto quanto recheio de pizza, digamos, aproveitando o que você tiver em casa (risoto de frango com milho, risoto de brócolis com bacon, risoto de abobrinha com calabresa, quatro queijos, camarão com palmito... uma infinidade, solte a imaginação!) Esse por exemplo, foi uma criação minha: fui adicionando sabores à panela, da maneira mais intuitiva possível e, por isso, tenho certa dificuldade em expor as medidas exatas... Nem preciso dizer, né? FICOU BEM BOM!!! Mas vamos aos ingredientes?



Risoto de Bacalhau com Presunto de Peru

  • 500 g de bacalhau dessalgado, pré-cozido e desfiado
  • 2 xícaras de arroz arbóreo - especial para risotos
  • 1 cebola picada
  • 3 dentes de alho
  • vinho branco seco
  • pimentinha a gosto
  • meia xícara de pimentão vermelho em cubinhos
  • 10 azeitonas pretas picadas
  • 4 fatias de presunto de peru picadas
  • cheiro verde picado
  • cubinhos de queijo gorgonzola (meia xícara mais ou menos)
  • 1 ou 2 cubinhos de caldo de legumes (eu usei um caldo de funghi muito chique, italiano, que ganhei da minha amiga Karine )
  • manteiga ou margarina
Assim como no quibe de frango que postei esses dias, a parte que dá mais trabalho é a pré-preparo: o bacalhau precisa ficar de molho em uma travessa com água de um dia para o outro, de preferência, para tirar o sal. A água do bacalhau deve ser trocada umas 4 vezes, ou seja, é necessário tirar o excesso de sal, lavando em água corrente, coloca de molho por umas 2 horas, troca a água, daí mais umas 2 ou 3 horas troca de novo, depois pode ir dormir de noite, não precisa levantar de madrugada para trocar a água não! Vai saber, né? Vai que leva muito a sério essa história de a cada 3 horas... Bom, no outro dia, pode trocar a água mais uma vez e aferventar o bacalhau por uns 15 a 20 minutos. Depois de esfriar um pouco, é hora de limpar e desfiar, removendo os espinhos e couro do peixe. Às vezes, em grandes mercados, encontramos o bacalhau já dessalgado para vender - resfriado - muito mais prático e rápido. Agora sim, vamos ao risoto!

O arroz arbóreo nunca deve ser lavado, já que o amido presente nele é muito importante para fazer a "mágica da liguinha" no resultado final do prato. Comece refogando o alho e a cebola em uma colher de margarina ou azeite, refogue também o arroz, mexendo sempre para não queimar ou grudar - se você tiver uma panela "wok", melhor. Agora é o momento de regar com vinho branco, o suficiente para envolver todo o arroz, mas não virar sopa, ok? Vai mexendo enquanto espera o vinho secar, adicione o bacalhau, depois o pimentão e a azeitona, dissolva 1 cubo de caldo de legume em 1/2 litro de água quente, regue o arroz com o caldo. Mexer sempre, não precisa ser o tempo todo, mas também não pode esquecer. Coloque umas gotinhas de molho de pimenta, ou pimenta calabresa em flocos, ou mesmo pimentinha fresca picada e acho que, neste momento, vale a pena provar a aguinha do cozimento para corrigir o sal - isso vai depender de quão salgado estava seu bacalhau - se achar necessário, coloque outro cubinho do caldo dissolvido. Não se esqueça que a azeitona e o queijo também são salgadinhos e contribuem no tempero, ok? Continue mexendo e acrescentando mais água quente ou caldo (com certeza vai mais do que o 1/2 litro inicial), até que você perceba que o grão de arroz está crescido, gordinho, prove se ele está macio, e não espere arroz soltinho porque é um risoto, gente! Para finalizar, mas ainda com o fogo ligado, coloque o presunto de peru, o queijo picado e uma colher generosa de margarina (ou meia caixinha de creme de leite, se preferir) e mexa bem, porém com delicadeza para não quebrar o arroz todo. Desligue o fogo e coloque o cheiro verde, servir logo, quente, salpicado com parmesão fresco ralado e um fio de azeite. Hum... Vou fazer de novo! Até mais!!!!!!!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Quibe de Frango

Olá pessoas! Como amanhã é feriado, hoje é praticamente uma sexta-feira fora de hora! Não sei se todos, mas boa parte de nós curte tomar uma às sextas para "desanuviar", certo? E que tal um quitute especial para acompanhar a gelada? Pensei em postar hoje a receita do Quibe de Frango: é assado, leve e diferente. Alguns queridos já puderam testar (e aprovar!) comigo essa delicinha. Vamos à receita, que de difícil não tem nada e que, particularmente, FICOU BEM BOM!



  • 250 g de trigo para quibe 
  • 500 g de filé de frango moído
  • 1 cebola picadinha
  • 3 dentes de alho esmagados
  • 1 limão
  • azeite de oliva
  • salsinha, cebolinha e hortelã picados (pode por bastante, tipo 2 xícaras)
  • sal e pimenta sempre a gosto, pode ser aquela pimentinha árabe industrializada
  • 1 colher (sopa) de maionese
A parte mais "amarrada" da receita é que o trigo para quibe precisa ficar de molho para hidratar, então não é um prato que dê para fazer assim, instantaneamente, precisando de um mínimo de planejamento. Um jeito mais rápido desse processo acontecer é colocar essa farinha em água bem quente por mais ou menos 2 horas, na proporção de uma parte de trigo para duas de água, aproximadamente. Para usar essa farinha, ela deve estar hidratada, mas não encharcada, então, se ela não absorver toda a água, é preciso espremê-la aos punhados, entre os dedos ou em uma peneira, para drenar o excesso da água. Daí em diante é fácil: reserve apenas a maionese que não deve ser misturada aos demais ingredientes; os outros todos, vão compor uma "massa" super macia e aromatizada. Eu costumo provar o tempero para acertar o sal ou a pimenta - senão, você vai ter que confiar cegamente no seu taco e isso, queridos, não funciona sempre! Bom, unte um pirex com um fio de azeite e espalhe o quibe, assentando bem com uma colher. Espalhe a maionese por cima e já pode cortar quadrados ou losangos antes de levar ao forno aquecido, assando por 45 minutos ou até uma hora, dependendo da regulagem do seu forno. Lembrem-se que o quibe é de frango, então mesmo assado vai ficar mais branquinho, quem esperar ficar com "cor de quibe" vai comer torrado! O quibe mais um pãozinho sírio e uma coalhada (tem pronta em boas panificadoras ou supermercados), fechou! 

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Macarrão com Camarão (ou vice-versa!)

E cá estou eu, depois de muitos anos de insistência por parte do marido, que sempre achou que eu levo jeito pra blogueira, mas sempre achei que daria trabalho demais... Como acabei gostando de postar fotos de pratos especiais no facebook, resolvi compartilhar experimentos culinários, digamos! Penso que, assim como a ciência, a cozinha é um laboratório onde a gente promove experimentos que, de preferência, dêem certo! Vamos lá, inaugurando com um clássico: Macarrão com Camarão. Sucesso garantido todas as vezes que já fiz, é pedida certa para um jantarzinho especial, mas nem por isso complicado. Quer saber como fazer? Então anote:
  • 1 kilo de camarão graúdo descascado e aferventado (não cozinhar muito porque fica duro, com aspecto borrachóide),
  • 1 pacote 500g de macarrão cozido e escorrido (pode ser espaguete ou linguini),
  • 5 a 6 dentes de alho bem picado,
  • 1 cebola picada,
  • azeite,
  • cheiro verde (salsa, cebolinha, manjericão)
  • sal e pimenta a gosto.
É simples, basta fritar o alho no azeite até ficar douradinho, adicionar a cebola e esperar que ela fique meio transparente, colocar o camarão para aquecer/refogar junto, temperar com sal e pimenta (pode ser calabresa, do reino, malagueta em molho, o que preferir), juntar o macarrão e finalizar com o cheiro verde. Falar a verdade, FICOU BEM BOM! Dúvidas, perguntem!